sábado, 24 de dezembro de 2011

Confie em si mesmo!



Ele era um cara normal, assim se dizia. Calmo, não se preocupava com o que poderia acontecer, apenas deixava fluir, vivia sua vida de uma maneira tão espontânea e natural. Mas um dia tudo o que poderia ser diferente aconteceu, e sua história teve um outro destino, o pior aos olhos de quem o via de longe, mas para ele foi a melhor oportunidade de crescer espiritualmente, rumo ao amadurecimento certo de sua mente. Aos 24 anos, solteiro, em plena vida acadêmica, Flávio sabia que seu futuro era incerto, mas como dizia anteriormente, deixava tudo acontecer na medida do possível e nada era capaz de afeta-lo negativamente, pois seu equilíbrio interior era exato e encorajador ao desconhecido. Um certo dia, ele resolveu mudar e dar sentido as coisas que aconteciam com ele, viveu intensamente cada segundo, amou sem ser amado, procurou a felicidade em outros corpos e acabou esquecendo de ser quem ele sempre foi. Festas, bebedeiras, momentos depressivos, sozinho em casa, angustiando o tédio, alimentando o medo, perpetuando aquilo que lhe fazia mal. O tempo foi passando e aqueles amigos que antes durante as noites de baladas estavam com ele, sumiram, sem deixar algum sinal de eu estou aqui com você. Abandonado e sozinho assim ele se achou, já estava conformado com o fato de se acostumar com pessoas que só o procuravam quando se sentiam só, ou simplismente e descaradamente por algum tipo de interesse único.
O fato é que Flávio começou a notar essas falsas amizades e voltou a valorizar de verdade aqueles que sempre estiveram ao seu lado, mas que um momento de cegueira foi capaz de fazer com que tudo isso caísse no esquecimento.
De volta ao seu mundo, Flávio aprendeu que por mais feliz que se possa ser com outra pessoa, a verdadeira felicidade nós só encontramos quando aprendemos a ter amor próprio e amigos de verdade não nos procuram apenas quando precisamos, eles estão sempre ao nosso lado.
Não viva procurando o que você já possui. 
A vida nos ensina a viver, às vezes o caminho pode ser dolorido demais, mas necessário para que possamos aprender a maneira certa de não provocar as mesmas dores nas pessoas que amamos.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Flashes que nos cegam...



Transição de pensamentos faz o pesar de minhas ideias flutuar em pleno sonho, captando varias imagens, envolvendo várias cores, relembrando minha história.
Um sorriso em cada rosto para esconder cada desgosto, flashes que me cegam, capturando sempre minha forma de ilusão permanente daquilo tudo que eu quero que apareça, enganando e disfarçando sempre quando me condiz. Verdadeiro eu, proporcionando-me viver em poses ensaiadas de uma vida nunca vivida.
Sinto falta da verdade, ser sincero já não existe, você pode até jurar, mas difícil mesmo é fazer acreditar, pois cada passo sem mentiras é impossível após enxurrada de tortura, falsa ideologia imposta pelo teu sentimento diante da ilusão que é viver sem catalogar prioridades, sem possuir expectativas.
Tudo isso é agregado com minha falta de coragem, abandono do real sobre a aba do sistema, transbordando sensações, fatiada vida, isolada do prazer da história do meu viver, o orgulho nos corrói. 
Guardo na memória, cenas de nós dois, aquele beijo, é bem do jeito que eu sempre sonhei, sonetos de amor, loucuras, fervuras, me faz delirar.
Sonhar é ainda possível, viajar no tempo certo, correr perigos, arriscar tudo, sem falas, sem olhares, apenas o que deveria acontecer, nós dois retratando a felicidade que nunca existiu.

Sozinho no escuro...



Os ventos sopram, as velas se apagam, tudo parece agora mais fácil, não tenho medo do escuro, pois sei que estarei seguro quando o sol nascer.
Toda positividade transparente de poder, revela em meus desencantos o formato exato do meu pensamento crú, refinando o olhar horizontal, fixando um ideal a partir de um recomeço de esperança moduladora de expectativas conservadas em minha memória.
Fácil seria se tudo acontecesse naturalmente, se todos os teus sonhos se tornassem realidade, se todas as promessas fossem cumpridas, se tudo fosse o que pensássemos que fosse, sem enganos.
Os dias se arrastam, é mais um fim de ano e tudo o que você passou começa a fazer algum sentido. Tantas alegrias e inúmeras decepções.
Os fatos nos corroem e você por algum motivo vive momentos de extremo estresse, esquece de ser o que você sempre foi, perde a identidade e se torna um alguém irreconhecido perante aos conhecidos.
Uma dose de realidade por favor!
Choques de indecência, radicalidades, sustentações irreais do imperfeito, falta de coragem.
Tento escapar do sombrio que me atormenta, relembro, revivo, aprendo conforme os erros insanos e insistentes da minha vida.
Ostentações óbvias de algo inexistente refletido em uma profunda solidão.
Fecho a porta do quarto, fico trancado dia e noite, tento esquecer, penso como nunca pensei, aprendo por tentar demais e acabo caindo em uma detenção inesperada, surpresa, atitude, realidade e por mais que sinta-me bem eu ainda estou só. 

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Inconstante




Já não entendo mais nada, ao mesmo tempo em que te tenho aqui do meu lado, vejo você se afastar, subitamente, em qualquer outra direção oposta do meu destino, me sinto incapaz de fazer você feliz. Penso em como poderia lhe deixar alegre, mais contente, mas nada está ao meu alcance, é criança exigente, difícil de contentar, sua alma é pura, inocente, me faz ficar cada vez mais intrigado com o que você sente e pensa a meu respeito, me sinto um verdadeiro lixo por não atender tuas expectativas, e acabo me fazendo sempre as mesmas perguntas: o que faço? Devo sumir? Fugir? Desistir de tudo e viver eu infeliz pro resto dos meus dias? Tantos questionamentos, que não cabem mais a mim responde-los, pois está fora do campo de visão de qualquer ser humano que se deixe levar pela razão, impedindo qualquer reação, me deixando mórbido por alguns instantes, imprestável, prestes a cair de uma corda bamba, inconstante e que me faz pensar em como farei para escapar dessa armadilha de ilusão que insiste em me perseguir.

sábado, 29 de outubro de 2011

Enquando Houver Ar



Então você para, observa e se pergunta: quem é esta pessoa refletida no espelho?
Você não é mais capaz de se reconhecer, isso é sinal de fraqueza, com certeza, chegou a hora de mudar. Não uma mudança de estilo de vida, mas uma mudança de como você quer que as pessoas te vejam, pois cada gesto que você faça, será interpretado de maneiras diferentes pelas mais diversas mentes e tipos de pensar.
Enquanto muitos fazem festa, eu bebo, acendo um cigarro para esquecer, na tentativa de me livrar da culpa e acabo me queimando nas cinzas que trazem para perto de mim a solidão. Isolo-me de tudo e de todos, me acorrento como forma de punição recebida por te amar sem limites.
A banda toca a nossa música, um tormento para meus ouvidos, pois você não está aqui para ser meu par. Meu erro foi ter um dia dito que te amava. Amar em silêncio às vezes é a melhor forma de não errar. A fumaça acaba inibindo minha visão, mas não meus pensamentos. Não penso em voltar atrás, penso em como seguirei daqui pra frente sem você.
A noite se arrasta, o sono é tardio, a vontade de viver se acaba com o fogo da vela que se apaga, o vento traz as lembranças, eu continuo só.
Eu só queria ser valorizado pelo que sinto e não pelo que desejam que eu seja, mas, como nada é para sempre só nos resta sonhar.
Talvez a morte seja atraente, mas se sentir a minha falta, por favor, não hesite em me chamar, eu não estarei longe, apenas procuro por um simples motivo que seja o único a me fazer sorrir sempre que estiver triste.
Enquanto houver ar para respirar, eu não desistirei, o meu adeus será muito mais belo que o silêncio das pedras por onde piso, espero calmamente tudo se ajeitar, da melhor forma possível em sua perfeita sintonia e forma de acontecer naturalmente, como uma ajuda do destino, mesmo que incerto, seguro de que algo irá acontecer, basta acreditar.
A suavidade que os pés tocam o chão, ao dançar a valsa, deslizante pelo salão, todos animados, todos, menos eu. A lágrima que toca o meu rosto cristaliza qualquer verdade, torna transparente a dor que sinto por você não estar aqui. A noite se revela mortal, pois acaba chegando ao fim assim como minha angustia, agonizante espera pela volta para casa.
Então meus pensamentos se reorganizam, estou disposto a ser diferente e assim resgatar do fundo do precipício, aquilo que já estava morto em mim, pois eu sei que ainda posso, existe tempo e existe esperança. Sou o que de melhor tento ser, mas de nada sou se você não faz mais parte de mim, na certeza de que a noite chega ao fim, assim como o nosso amor, infeliz.

domingo, 23 de outubro de 2011

Último Suspiro


Por muito tempo achei ser apenas um blefe, acreditei de verdade que tudo isso não passasse de um faz de conta, uma ilusão, uma miragem, algo fictício, existente somente em minha memória. Mas não, essa dádiva se criou, tomou forma e em uma simples noite chuvosa, comum, sem grandes novidades, transbordou para fora da minha vida, o inacreditável.
Sempre quis ultrapassar as barreiras, deixar para trás qualquer limite, qualquer fronteira, me perder em meio ao horizonte, e sumir, aos poucos, gradativamente sem pressa alguma. O amanhã ainda está muito distante e se ele não existir ficarei sabendo logo quando amanhecer, pois meus olhos vidrados e vermelhos transparecem todo o meu medo de um dia me perder, em um caminho de ida sem volta nas curvas dessa vida.
Sou como um velejador sem vela, mas sou também a tempestade que arrasa todo o pensar de quem ainda não sabe a verdadeira forma do querer, pois ainda é indecisa criança que precisa crescer e conhecer aquilo que não domina.
O tempo passa, continuo vivo, mas sem motivo, tenho em minha mente que você não irá voltar, deixo a porta aberta, o vento entra sem pedir permissão, as folhas caídas voam em todas as direções, o frio toma conta do lugar, não tenho fome, não tenho sono, sozinho, apenas espero pelo dia que ainda está por nascer.
Sua presença é como um jogo de quebra-cabeças, vivo dessa forma, me prendo a você, me completo sempre quando você está aqui, faz com que eu me comporte novamente como um adolescente, é uma viajem no  tempo, o som do velho assoalho de madeira, ringindo sempre quando meus pés tocam o chão lembram minha infância, passado digno de quem está muito distante do ponto de partida e próximo do ponto de chegada, sentindo o arrepio percorrer o meu corpo, plena e complexa forma de viver, na exatidão de todos os teus atos me refiz, como um ser inacabado, mas com tamanha vontade de glorificar o meu desejo vital.
Erros e acertos, vidas incertas, sons diversos, palavras ao vento, o toque do sino anuncia que mais um dia vem por aí, a igreja do vilarejo ainda está vazia, mas se prepara para receber seus fiéis, movimentos que alteram minha rotina monótona, desde que me mudei para essa janela, lugar de observar toda e qualquer alma que esteja perdida assim como a minha. A perplexidade dos fatos me faz ver tudo de outra forma, tenho a marca do cansaço em meu rosto, minhas mãos suam frio, não sinto minhas pernas, já não vejo o seu olhar.
Corro o risco de nunca mais ser feliz, não com você, não com minha melhor forma de amor, mas sei que o tempo ainda está a nosso favor e tudo conspira em direção ao sol, gigante astro que chega trazendo a alegria de acreditar novamente naquilo que realmente me faz viver, longe da tua incerteza que me mata dia-a-dia, sem que eu possa ter direito a um último suspiro, mesmo que inconstante, capaz de me trazer de volta a vida.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

O Meu Final Feliz



Penso como criança, meus olhos lacrimejam, mas não é tristeza, também não é algum tipo de dor, é felicidade pura e transparente, deixo a mostra minha alegria e exponho-me a teus caprichos, luz dos olhos meus, castanhos, feito mel, tão linda me faz arrepiar, sorriso encantador de quem ainda vive um jogo de incertezas, mas que na infinidade das clarezas demonstra pouco a pouco sua verdadeira forma de ser.
Tento escapar, mas sem você não sei viver, é impossível, meu segredo mais íntimo vem à tona, não quero ser o seu problema, eu quero ser a solução para todos os teus medos, para todo o teu sofrer, simplicidade que se revela no desabrochar de uma rosa, embelezando o dia, contemplando os beija-flores que estão sempre a sua volta, acalanto recanto que aquece os dias frios, longe de você.
Suas mãos que tocam meu rosto, seu olhar me faz viajar, sua boca desejar, lábios quentes de ternura, é o que me faz sonhar com momentos de prazer, o teu corpo deslizar, só você me faz feliz, só contigo eu quero estar, na inquietude da minha ansiedade, fervilha minha alma, me faz ser quem eu sou, na sinceridade dos meus sentimentos, experiência única até então nunca vivida.
Aconchega-me, faça um cafuné, me tenha em teus braços, cuida de mim, seja a minha vida a partir de agora, permita-me mostrar-te o verdadeiro sentido de amar, ouça minha voz sussurrar a seu ouvido, o eu te amo mais sincero e completo que possa ouvir de alguém, na repetição de minhas palavras, interprete da melhor forma possível, pois cada frase que te presenteio, possui um significado único, pode ser lido de varias formas, mas se chegará sempre no eu e você, uma união perfeita, sempre cheia de inconstantes variações, brigas e desentendimentos, mas ao mesmo tempo, repleto de alegrias, sempre ao se aproximar de um final feliz que nunca terá um fim, mas será sempre feliz enquanto eu estiver ao teu lado.

domingo, 16 de outubro de 2011

É Noite na Cidade



Sim, a vista é linda, daqui vejo a cidade e suas luzes que iluminam cada esquina, cada alma que se perde em meio a tantos movimentos desordenados daqueles que saem para rua sem rumo ou direção na expectativa de encontrar quem mais se deseja. Pensamentos que se cruzam através do olhar brilhante de cada ser, construindo uma nova história a cada anoitecer, lindo céu estrelado, lua tímida entre algumas nuvens é capaz de clarear meus passos onde quer que eu vá.
            O tempo passa e as lembranças ainda continuam aqui, contar os mais inusitados fatos se tornou um verdadeiro desafio, porque eu não quero remoer, preferiria esquecer, recomeçar do zero, deixar tudo para trás. Sabendo que isso é impossível, tento sistematizar, e guardar o que ficou de bom, começo a partir daqui a escrever um novo rumo, ainda em construção, mas você faz parte dele, pois se tornou o ar que respiro nessas madrugadas frias onde o calor da tua presença me aquece e dá força para me manter em pé, firme para enfrentar o dia que se aproxima.
O amanhecer vem despertar, com o cantar da passarada, doce alvorada em tristes momentos de transição, sei que tudo uma hora vai acabar, mas sei também que enquanto dura, é minha felicidade que está em jogo. Faça-me feliz, se não por uma vida inteira, por alguns instantes, mas que se torne eternamente motivo de alegria em meus pensamentos. Seja o brilho do luar, as estrelas que se despedem, mas que mesmo após o sol nascer, ainda continuam por lá, invisíveis de dia mas enfeitando o céu durante a noite, capaz de nos fazer imaginar tantas coisas, nos revelando um mundo infinito de sonhos, quando estamos com nossos olhares atentos a todo movimento, brilhantes sem fazer esforços, apenas observando sua perfeita forma de ser.
Desvio das sombras, vozes e obstáculos, saio me rebatendo, tentando alcançar e disfarço a tristeza, vou em busca daquilo que me faz acreditar que posso sim fazer feliz quem hoje é motivo de alegrar minha obra escrita, inspiração do meu viver, durante todo esse pensar, viajando pela estrada, em linha reta ou curva, mas com um único destino a se chegar, o mesmo desde que te conheci. Ilusão? Não, apenas minha forma sincera de te amar.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Uma História Sem Fim



Tudo em ruínas, de repente desmoronando, se acabando com o passar do tempo, é chuva que alaga, é o sol que evapora toda água, toda magoa que me faz sentir aqui, o calor que faz suar e o frio que faz tremer, noite e dia, tempestades, ventanias, clima inconstante, faz de toda essa vida, só lembranças, só relíquias, pedra solta, preciosa, ainda bruta ou lapidada, terra ainda inexplorada, não se sabe de onde vem, não conhece sua essência, é perfume em horas boas, nas ruins me faz refém, sua personalidade é muito forte, orgulhosa, suga toda minha energia, me enfraquece dia-a-dia, faz meu coração vibrar, pulsação de tristes dores, sempre me faz angustiar, sufocante seu olhar, tão distante, faz lembrar, bons momentos que vivi, quando você esteve aqui mesmo não estando perto sei que ainda vive em mim.
Mas se hoje estou tão só, sei que você também está, sempre a me procurar, na certeza de um amor, que perdido se acabou sem saber toda verdade, doces lábios é saudade forma de sinceridade, posso ler teus pensamentos, só não posso comandá-los, grandes olhos amendoados, atormentados pelo medo de um dia me perder, mas quem sabe outra hora agente possa se encontrar, construir uma nova história, prontos pra recomeçar, mas sem as mascaras dessa vez, rosto limpo, face à mostra, pra que eu possa enxergar, toda sensibilidade, movimentos de ternura, que em você possa encontrar.
Caí à noite na cidade, todas as luzes estão acessas, pra clarear escuridão, sombrios toques de emoção, agitada e a razão já não é o meu caminho, sigo sem olhar para trás, sigo só o meu destino, em meio à destruição do lugar onde vivi cenas de um filme inacabado, com personagens despreparados, mas que fazem da minha vida uma história sem fim. 

A Cada Despedida



Quando as ondas quebram na praia, chegam fazendo bagunça, levando tudo que estiver na beira do mar, chinelos esquecidos, cangas que voam com o passar do vento, restos daquilo que não nos importa mais, somos dejetos, somos cruéis, mundo imperfeito, incapaz de suportar toda fraqueza humana, pelas infinitas vozes, que gritam, espalhando diversos significados a cada palavra pronunciada, próximo ao farol que durante a noite com o auxílio da lua, ilumina todo o lugar. O navio que se despede do cais, as pessoas abanando para seus entes queridos que do lado de fora próximo ao porto, choram à cada despedida.
Pensamento refinado, como se estivesse sido passado em uma peneira, obra prima ainda presa, nunca revelada, esperando seu desencadeamento entre tantas personalidades que se cruzam dia-a-dia, tantas ideologias, simples perdas, tentativas, correria, estimativas de um futuro bem próximo, mas ao mesmo tempo distante, pois tudo que façamos parece nos levar a lugar nenhum.
O sol se despede, lindo pôr no horizonte, dá lugar a lua, estrelas e cometas, posso ver tantos planetas, refletidos na água salgada da intolerância e o medo rouba nossos sonhos, destrói esperanças e nos impede de viver. A brisa leve, a maresia, saudade, esquenta e esfria, toda competência de ser, o que pensamos e desejamos, na mais linda tentativa de mostrar sua verdadeira face, revelando seu poder, de não ser apenas mais um em meio a tantos corpos perdidos, almas que vagam, sem destino ou direção, fazer a diferença, se não por você por quem realmente precisa e merece.
Pelo sim ou pelo não, prefiro continuar com minhas incertezas inconstantes que somem e aparecem sempre antes de dormir.
 O fim se aproxima, mãos presas por um laço de aço, nó cego e suas presilhas, pés acorrentados, estão pesados, impedindo minha fuga, caminhada incerta à beira do abismo que me leva ao desespero, lembranças cortantes, veias agitadas, sangrando uma vida inteira de ilusões, pulsação, movimento, esperando pelo tempo, gritantes erros de despedida, saindo agora de uma vida, sentença perigosa, sempre a sua procura, seres rastejantes, me confirmam com clareza, está tudo acabado, mesmo sem se acabar, foi somente o que restou, lembranças de um grande amor, como se fosse um jogo de montar, mas sem suas peças para jogar, pois muita coisa se perdeu, vendo a vida da janela, vou embora sem pensar, despedaçado pelos fatos, esquecendo de voar, deixando de acreditar em minha maneira de sonhar tentando achar uma saída, tentando apenas reviver, no despertar de cada amanhecer, se perpetuando como uma sina, como um mito de liberdade à procura de um simples motivo para deixar de respirar, 24 horas você. Estou partindo e não pretendo mais voltar, adeus.

domingo, 2 de outubro de 2011

Rastros de Minha Infância



Pelo caminho trilhado, obra do destino, longe de tudo, distante até mesmo de mim, vivo de pés descalços, sinto a areia por entre meus dedos, fina e suave, é tapete para o meu trajeto, por onde deixo pegadas marcantes, rastros de solidão, medida de prevenção caso um dia queira voltar para o lugar de onde eu nunca deveria ter saído, mas que com a necessidade de me aventurar tive que ser persuasivo comigo mesmo e sem olhar para trás acabei iludido por um mundo totalmente diferente daquele que me prometeram um dia. Sinto saudade daquela infância linda, tempo em que brincar me fazia tão bem, não existia responsabilidade, não existia maldade, tudo era tão sincero, meu sorriso era de alegria e lá fora quando chovia era só divertimento, pois a água que caia do céu e escorria pelo chão era a esperança que movia o meu viver e fazia do meu sonhar um verdadeiro momento de encantamento, único e feliz.
Cada poça que se formava era espelho por onde eu enxergava o reflexo de uma criança já adulta, mas sem medo de viver. Atravessava a rua, correndo, lugar de lazer, vivia sem perceber idealizando um futuro ilusório, fantasias e bruxarias, simplismente sentia o vento no rosto e deixava acontecer naturalmente, como o cantar do canarinho, visitante em seu ninho, um artista do amanhecer.
O tempo não vai mais voltar, as cenas que estão gravadas em nossa mente, foram o que ficaram, posso sentir o cheiro das frutas maduras prontas para serem colhidas, o faz de conta me leva ao poder de me sentir livre. Quanto custa um sorriso verdadeiro quando a alma transborda em sentimentos que nos permite sonhar?
O olhar inocente de uma criança como se estivesse observando aquele brinquedo pela vitrine de uma loja, desejando tê-lo exclusivamente, mas sabe que é impossível, pois não tens condição para tamanha aquisição, mas não desanima, ao chegar em casa constrói algo semelhante, fruto da sua imaginação, grande poder criativo de um pequeno que cresce a cada descoberta.
Fecho os olhos e por um momento posso me ver dentro da minha própria historia. Tento não enxergar as lembranças tristes, que me atormentaram durante muito tempo. Hoje é um impulso para que as coisas boas aconteçam, sigo mesmo com o espalhar do fogo e sei que tudo que entre as chamas aparecer, será um sinal de uma vida diferente de todas que já vivi, assim como minha infância, tão distante mas que continua viva dentro de mim, desatando minhas mãos, amarradas para que eu não pudesse fugir de volta ao passado recente de minha obra escrita por idéias de quem adora reviver o que é bom, mesmo sobre pegadas invisíveis, esquecidas pelo tempo.

sábado, 1 de outubro de 2011

Minha Verdadeira Forma de Solidão



Pedras de medo, pesando toda minha vida, tirando o sono de quem já não pode mais sonhar, escravizando minha alma, sufocando-me, levando minha liberdade para longe, me deixando cansado e fraco, limitado a qualquer forma de sistema que tentará me corromper a todo custo e isso não será somente agora, será para sempre, atraindo o desconhecido, aquilo que não permite ser capaz sobre a sombra do estranho que se aproxima. Tentarei enxergá-lo, mas sei que todas minhas tentativas serão inúteis, pois tudo aquilo que acontece por si só, será sempre uma simples fantasia daquilo que imaginamos ou idealizamos em nossa mente e que só se tornará realidade através de uma vida simples e sincera, capaz de tudo suportar.
A escuridão trás ao seu lado o frio, parceiros inseparáveis e as folhas secas começam a cair com o passar da ventania, levando para longe também o sol, deixando-me somente a solidão, restos de esperança e de lucidez que faz da minha história a cura para todas as minhas feridas, que cicatrizam gradativamente quando eu vejo você.
À beira de um abismo, corro o risco de cair e nunca mais voltar, já não enxergo, não escuto, nem posso tocar aquilo que no passado era concreto e agora só existe em meus pensamentos. Tento disfarçar em vão, escondendo meu sorriso sempre ao passar por você, acabo me entregando sem querer, lindos olhos apaixonados, na explanação das frases ensaiadas, mesmo fingindo não saber, sei que me entende, e sabe perfeitamente quem eu realmente sou na infinidade daquilo que faz acontecer a transformação, na ferocidade que acontecem os fatos como se a água e o vinho trocassem de lugar, simultaneamente em um passo de mágica, sem agente perceber ou distinguir a diferença entre ambos.
Mudanças, o tempo e o destino nos surpreendem com a forma de como tudo acontece, somos testados e julgados à todo momento, e sem merecer somos condenados. Uma hora somos mocinhos, outra hora somos bandidos, se hoje temos quem nos acolher, amanhã podemos não ter, acostume-se a viver sozinho, isolado e invisível, sempre que precisar, em sua verdadeira forma de solidão, a melhor possível, qualquer dia você voltará a ser importante, não que tenha deixado de ser, mas talvez o seu silêncio tenha proporcionado com que as pessoas tenham esquecido de enxergar realmente como você é e sempre foi desde sempre, na interpretação correta de quem te conhece e sabe tudo a teu respeito.

sábado, 24 de setembro de 2011

O Viajante - Parte II



A cada amanhecer, a cada noite não dormida, me envolvo de maneira intensa e me perco em meio a tanto medo de não conseguir chegar, pois busco um destino que durante toda minha vida idealizei ser o melhor para mim. Mas de nada importa se tudo que planejei já não acontece assim tão facilmente, não como deveria, não como imaginei, então deixo fluir aquilo que me permite sonhar. Momentos que acabam fazendo algum sentido só depois daquilo que penso se tornar puramente sentimentos escrevinhados em um canto qualquer de um papel já todo rabiscado, cheio de erros.

Penso na sensibilidade de como minhas palavras irão soar aos seus ouvidos, pois a verdade é que nada sei e as conseqüências de uma vida perturbada, cheia de indecisões e surpresas, poderão ser fatais, quando não se consegue mais pensar.
Talvez eu já não seja o mesmo e todo aquele encanto tenha se perdido, talvez eu já não saiba escrever tão belamente e as vidas que acabam por se cruzar involuntariamente não notam a presença uma da outra nem que por ali um dia passei.
Nessa noite, nem o luar é capaz de me distrair, se a solidão é minha companhia, que seja sentinela nas horas difíceis e me ajude a continuar minha caminhada, por entre os arbustos que de longe avisto e logo será meu local de pensar, lindo bosque que se desenha com o meu aproximar. Caminho em passos pequenos, pois não tenho pressa, sigo pela estrada que quando chove exala o cheirinho de terra molhada, exclusividade do interior.
Posso ver montanhas e cidades inteiras, casa grande, casa pequena, prédios inacabados, posso ver desertos e o mar, as florestas e um pequeno vilarejo onde a fumaça da chaminé daquele velho casebre solitário desenha pelo céu um novo caminho a se seguir. Transfiro minha vontade de voar mesmo sem sair do lugar e vou cada vez mais alto, vivendo essa viajem do pensar, do imaginar e do criar sem realmente lembrar que uma hora eu precisarei acordar e com certeza quando isso acontecer eu já estarei em um outro lugar totalmente diferente, fazendo ressurgir as minhas lembranças através daquilo que irei escrever mesmo que em linhas tortas, serão sinceros pensamentos de um aprendiz de escritor.

O Viajante - Parte I



Observo atentamente todo movimento, o sistema, sua vida, tudo como deve ser. O chuvisco da garoa escorrendo pelo vidro torna ainda mais difícil a minha reflexão, mas insisto, permaneço ali sentado, contemplando o gotejar, que agora é cortina, proteção do meu olhar insistente, curioso e que me faz sonhar.
De repente me pego a pensar, ao embalo da sinfonia dos grilos que lá fora fazem a melodia quebrando o silêncio da noite, é trilha sonora para que eu sem me preocupar comece a despejar as idéias que fluem naturalmente, algo que acontece sem mesmo se perceber. Aquilo que até então só existia em minha mente começa a tomar forma graças à ponta do lápis cinzento que suavemente vai deslizando sobre o papel.
Na construção de uma nova forma de pensar, me reinvento, escrevo minha própria história, exponho meus sentimentos, não só de alegrias, também não só de tristezas, aquilo que eu realmente sou em sintonia com aquilo que fui um dia.
Tantas vozes sussurrando ao meu ouvido, dizendo exatamente qual o verdadeiro caminho, inspiração para que possa continuar caindo a chuva, tempestade de palavras que me transporta para ainda mais distante de onde estou, mas ao mesmo tempo me aproxima da realidade que o vento insiste em afastar daqui.
Escrevo tudo que sinto, tudo que vejo, aquilo que ouço e aquilo que imagino, tão natural como a nascente de um rio, onde é fonte de água limpa, cristalina, intocável, verte todo tipo de pensar, verte toda forma de poder.
Sinto-me livre, viajo, vou onde quero, mergulho em um mundo totalmente diferente e inexplorado, invisível, mas que ao transcorrer dos rabiscos torno nítido para que todos possam ver aquilo que só meu inconsciente permite mostrar e que por durante muito tempo esteve guardado dentro de mim.  

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Eu Sempre Estive Aqui



Cansado de correr, sempre tentando atender as suas necessidades, assustado por não saber o que fazer, procurando o caminho mais próximo da verdade, que escondida sempre teima em não aparecer assim tão fácil, exigindo de mim sempre um esforço maior para compreendê-la de forma aceitável às minhas exigências e capacitação de raciocínio, o que me faz pensar logo em algo que já não possuo.
Meus pensamentos agora se prendem a tudo que está no passado, cenas que ficaram gravadas na memória e que com certeza jamais serão apagadas, histórias, momentos, fatos inusitados, dias especiais que agente leva para sempre, onde quer que agente esteja, onde quer que agente vá.
O vento se encarrega de trazer consigo aquele aroma doce e suave, o brilhar dos seus olhos ainda reflete nos meus, mas sabe o jeito, experiência única, de uma vida que não voltará, jamais. Então aprendemos que precisamos dizer adeus, nos despedir daquilo que nos faz bem. Seguimos novos rumos, caminhamos em uma outra direção, totalmente oposta daquela que desejamos, mas que com certeza, nos levará a algum lugar ainda desconhecido, repleto de desafios, tristezas, alegrias, certezas e incertezas, aprendizado mais que perfeito.
A vida não nos reserva a felicidade pronta, mas nos mostra a direção certa de como podemos fazer para se chegar lá. Nos distanciamos de tudo, daquelas pessoas queridas, das alegrias da vida, pessoas especiais e pensamos talvez o destino esteja sendo cruel ou talvez ele esteja sendo muito sábio, pois são nas dificuldades que amadurecemos de verdade.
Assumimos responsabilidades, mudamos, crescemos, caminhamos rumo ao amadurecimento pessoal. A saudade que sentimos é imensa, só quem sente sabe, mas o que seria dessa vida, louca e desregrada, que insiste em nos pregar peças todos os dias, se não houvesse um pouco de emoção?
Em nossa mente, somos roteiristas, onde escrevemos nossa própria história. No palco da vida, somos verdadeiros artistas, vivemos de forma intensa, procuramos sempre o mesmo ponto de chegada, onde só a felicidade nos interessa.
Contemplando as flores, que fazem parte disso tudo, vejo em cada esquina um pouco daquilo que um dia fui, meu sorriso trás de volta o poder e a complexidade que é viver fora do teu presente, mas me revigora sabendo que posso assim como no passado fazer parte do teu futuro, porque eu sempre estive aqui.

domingo, 18 de setembro de 2011

A Verdadeira Tradição




Orgulha-te gaúcho, encilha teu cavalo e monta, cavalga pelo campo afora, depois de uma manhã fria ao lado do fogão, despejando tuas lembranças ao sabor do mate amargo.
Galopa pelos pampas, agora aquecido pelo poncho, e quando o sol chegar, a aba do chapéu se encarregará de trazer a sombra ao teu rosto, para que possa olhar o horizonte verde e contemplar as paisagens que só o sul do Brasil pode oferecer. Vai deixando para trás a fumaça que sai pela chaminé, do velho casebre, ao lado do galpão, doce querência, lugar de fandango do gauchão.
Céu azul, eu não me engano, dia lindo como só, faz parte deste pago e o vento minuano que assopra, soando aos seus ouvidos o tocar da viola, que é companhia nas horas tristes, nas horas boas, em toda hora. Volta para tua estância e em meio ao fogo de chão prepara o teu churrasco, na presença do cusco amigo, sempre atento no rebanho, verdadeiro sentinela, segue tua caminhada, sempre honrando a tradição.

Dias Cinzas


Mesmo sem ar, eu ainda continuo aqui, sinto o frio se aproximando, é outono, mas sei que o inverno logo chegará. A brisa das manhãs dessa estação tão sufocante, tocando meu rosto, sem pedir permissão, fazendo com que eu procure um abrigo onde possa me manter aquecido, longe do embranquecer da geada que insiste em se fazer presente, assim como o vento frio que assobia lá fora e só pensa em ir embora quando eu já não me importar mais.
Mas eu continuarei aqui, aguardo pelo sol, aquele que rapidamente, vai perdendo suas forças entre as nuvens carregadas que daqui se aproximam, fazendo eu me contentar com o calor do fogo e sem saber exatamente o que fazer, timidamente, coloco lenha no fogão e assisto pela janela o gotejar de água da chuva, que escorre pelas folhas das árvores e cai fazendo barulho quando entra em contato com a poça já formada ali no chão. Nesse entardecer tão triste e sem graça, assim como foi meu dia, assim como foi minha vida. Dias cinzas e intermináveis, entediantes e ao mesmo tempo desafiadores. 
Mas eu gosto quando chove, afinal, me faz rememorar muitas coisas boas e ruins, aquilo que no fim de tudo, faz parte do que eu me tornei.



sábado, 17 de setembro de 2011

O Vôo da Coruja




     Bate as asas e voa, silenciosa e tímida, faz da tua vida uma verdadeira forma de solidão, você não quer, nunca é bom ficar sozinha, mas é necessário, precisa voar para longe, para bem distante, onde se sinta feliz.
     Encare o mundo lá do alto, visualize bem tudo o que estiver ao seu redor, não tenha medo da escuridão, pois ela também pode lhe trazer paz.
     Tente encontrar o caminho certo, faça da sua vida um mistério a ser desvendado, desconfie de tudo, seja o olho que tudo vê e os ouvidos que tudo escuta, capaz de captar qualquer tipo de sonoridade a quilômetros de distância, para que assim nada passe despercebido e tudo tenha um sentido único na sua vida.
     Não precisa ser perfeita se o bom mesmo de tudo isso é ser diferente, basta querer ser  você mesma. Torne-se um símbolo da sabedoria, crepuscular e noturna, na sua tranquilidade inquieta, que faz do seu olhar, lindas luzes refletidas ao brilho do luar.
     Bate as asas e voa, alcance o ponto mais alto, sinta a liberdade, desafie o vento tentando te empurrar ao sentido contrário do seu destino, você é mais forte, sabe se defender, conhece os atalhos e sabe precisamente o que precisa fazer para continuar vivendo entre as estrelas, mas se precisar parar. pouse, descanse, a viajem é mesmo cansativa e nada fácil,  busque o equilíbrio dentro de você, se conecte com seu inconsciente e faça do teu presente uma eterna fonte de conhecimentos e prazeres, que discretamente vão sendo descobertos através da noite que insiste chegar ao fim.

Confuso, mas sincero...




     Passos largos, caminho agora na direção do mar, em linha reta, sem olhar para os lados, sem olhar para trás.
     Não me preocupo com o que poderá acontecer, nem me importo com o que você poderá pensar, afinal somos tão diferentes um do outro.
     Procuro o horizonte, um lugar tranqüilo, onde eu possa encontrar a felicidade,  que suave como o vento, sei que vai tirar você aos poucos do meu pensamento.
     Quanto aquelas suas promessas falsas, saiba que, não me enganam mais, deletei, afastei de mim, deixei a nossa história, deixei a nossa vida e fui viver a minha. 
     Mas se meu silêncio ainda faz você sofrer, tenha certeza que será melhor assim, afinal eu já não quero viver dessa forma triste e sem graça, onde a lágrima que escorre pelo meu rosto lembra a procura incansável que fiz em busca de uma razão para ainda acreditar em nós.
     A brisa que toca o meu rosto, jamais se transformará em tempestade, estou aprendendo a viver sem você...

domingo, 11 de setembro de 2011

O Começo de Um Fim


Uma data marcante para os americanos e para todas as nações do mundo. É estabelecido um clima de preocupação e visível medo nos EUA. A hipótese de acontecer qualquer outro tipo de ataque terrorista semelhante aquele de 11 de setembro de 2001 é real, e as forças armadas auxiliados pelos seus governantes se posicionam para manter a tranqüilidade por lá. Mesmo se passando uma década após o maior ataque terrorista da história que atingiu a maior potencia econômica mundial, todo cuidado é pouco, pois vivemos em um mundo de guerras, onde as disputas por interesses são predominantes.
No Brasil, vivemos uma guerra interna, onde todos nós somos culpados, onde a cúpula corruptiva do governo com o auxílio da mídia, tentam desviar as atenções para outros assuntos peculiares, diferentes da realidade que aqui enfrentamos. Não digo que não devemos nos preocupar com o que acontece pelo mundo, pelo contrário, devemos nos manter informados sim sobre todo e qualquer fato ocorrido, mas durante todos os anos nesse mesmo período, são feitas campanhas, propagandas e programas com o mesmo propósito, a de tentar desfocar as inquietações da sociedade, e aquilo que gera transtornos e “desconfortos” para quem está no poder. Talvez eu esteja sendo um pouco indelicado com as palavras aqui usadas, muitas pessoas me interpretarão mal, tendo como base que este é um espaço de livre manifesto, deixo aqui a minha opinião e espero comentários críticos, mas para que ficar remoendo mortes de 10 anos atrás? Por que não pensar em como evitar mais mortes a partir de agora?
O Rio de Janeiro, uso está cidade como exemplo, porque é onde a situação ao dialeto popular “está embaçada”, enfrenta todos os dias a marginalidade, traficantes que colocam em risco a vida de pessoas inocentes e geram uma legitima situação de guerra pelas ruas da “Cidade Maravilhosa”. Realidade igualmente vivida em todo o país, só que em proporções diferentes. Seres humanos incapazes de viverem em paz, com a tranqüilidade que todos temos direito.
A ocupação nos morros por parte dos Representantes da Força de Pacificação está acontecendo, muito tarde e todos nós sabemos que é jogada política, estamos muito longe de acabar ou amenizar as dores das pessoas que perdem familiares e amigos vítimas da violência urbana. O trafico comanda, infelizmente é a realidade que temos no Brasil, e porque não tratar desses assuntos? Por que não agir de forma preventiva e realmente trabalhar em prol da população, e não por interesses políticos e financeiros?Por que não encarar e defender as verdadeiras necessidades da sociedade?
Pois bem, é necessário haver mais comprometimento da sociedade para cobrar de seus parlamentares o que realmente defendemos ser correto, e por parte dos nossos governantes em realizar um trabalho sério, voltado às deficiências que possuímos, e não a uma série de homenagens às pessoas mortas naquela terrível tragédia que como disse anteriormente com o auxílio da mídia, foge totalmente da situação vivida aqui, e acaba mudando o rumo das atenções, de forma confortável para eles.
O que devemos ter como exemplo, é que depois desse episódio triste e marcante para os EUA, o seu governo de forma sábia, combateu de frente aquilo que era uma ameaça para a segurança da população, não me refiro às invasões de países, mas sim as formas preventivas e medidas tomadas em relação ao que aconteceu. Resultado disso tudo, foi que se passaram 10 anos após esse caso, e não há se quer outro registro de terrorismo naquele país. Já no Brasil, a criminalidade, que ao meu ponto de vista é um tipo de terrorismo, acontece e se perpetua durante décadas e nada é feito para combater esse mal. O começo de um fim está se aproximando, e ainda temos chance de reverter a situação se agirmos com eficaz objetividade.


Mais um blá blá blá de amor


      Ah o amor, tão lindo e ao mesmo tempo, tão terrível. Lindo pelo fato de nos fazer acreditar que ser feliz através da felicidade de outra pessoa é possível e terrível porque nem sempre a pessoa que tentamos fazer feliz, possui o mesmo pensamento que temos em relação ao amor.
      O simples fato de amar alguém verdadeiramente, nos confunde muito os pensamentos, nos deixa inquieto, tentando entender e decifrar o que se passa na cabeça da pessoa amada. Mas o que seria da vida se tudo fosse tão fácil, sem barreiras, sem brigas, sem uma conquista?
   Pergunto-me, sempre, mas que amor é esse que, ao mesmo tempo que torna a vida angustiante também torna emocionante. Tranquilizo-me, pois ao final de tudo, as coisas se ajeitam, talvez não como gostaríamos, mas sim, como deveria ser e aprendo assim, que por mais foda que tenha sido a caminhada, quando penso em você meu mundo fica muito mais feliz e eu me sinto bem.

Confuso mas sincero.

sábado, 10 de setembro de 2011

Leitura - Mais que uma cultura, uma revolução!



Um hábito construtivista, mas impraticável pela sociedade, as pessoas não sentem a necessidade de ler, ou pelo menos, ainda não perceberam o quanto é importante a presença da leitura em nossas vidas. Além de instigar nossa imaginação, o que é essencial enquanto criança, a leitura também nos oferece um mundo muito rico de vocábulos, onde não existem barreiras para o conhecimento. Cada dia que passa, vejo mais a necessidade de estimular nossas crianças e jovens ao habito de ler, afinal, toda sabedoria que nossos autores transmitem através de um livro, é fundamental para que possamos exercitar nossa fala (repertório de palavras e significados), capacitação de compreender o mundo e mais do que isso, nos desenvolver cognitivamente. Mas é importante lembrar que, para haver rendimento positivo na leitura é de extrema necessidade, realizar uma leitura interpretativa e não apenas ocular, pela qual apenas passamos os olhos sobre as palavras, mas ao fim de cada frase não entendemos nada.
A atividade de leitura não corresponde a uma simples decodificação de símbolos, mas significa, de fato, interpretar e compreender o que se lê.
Na escola, temos o hábito de ler, mas não fazemos uma leitura de qualidade, grande maioria dos alunos, decoram apenas aquilo que estão estudando, e logo esquecem, um aprendizado superficial, inadequado para a vida, afinal com o passar dos anos descobrimos o quanto importante e o quanto é preciso, possuir o ato de ler. Podemos começar com leituras pequenas como um artigo, por exemplo, jornais ou revistas, conteúdos não tão complexos, mas que nos estimulam logo mais a nos interessar pela leitura dos livros, que possuem uma bagagem muito mais densa e repleta de curiosidades e conhecimentos.

Costumo dizer para quem não tem a cultura ou simplesmente o hábito de ler, que não reclame do mundo, não sem ter a devida compreensão de como ele gira. Precisamos deixar de sermos leigos a certos assuntos, devemos procurar nos inteirar sobre os acontecimentos e conhecimentos específicos, para que possamos compreender melhor o mundo e a partir disso, começar uma nova concepção de vida, de modo construtivista e revolucionaria.

Afinal, o que é o amor?



Eu te amo, tão fácil de dizer, mas muito difícil de entender. Talvez se esperássemos menos das pessoas e criássemos menos expectativas em cima delas, nós nos decepcionaríamos menos também. Mas às vezes, quando gostamos muito de alguém, esquecemos que são humanos, e insistimos em pensar que são perfeitos.
Existem pessoas que fazem coisas inacreditáveis para estar junto da pessoa que ama, movem céus e terra, enquanto outras não valorizam o sentimento recebido e ignoram completamente, às vezes por capricho, ou simplismente vontade de ver a outra pessoa sofrer, mas confesso que isso eu ainda não entendo. Feliz daquele casal que encontrou um no outro a felicidade de viver à dois, de serem correspondidos pelo sentimento mais lindo e sincero que existe e assim se tornam uma só vida. Mas afinal o que é amor? Onde esse sentimento pode nos levar?
Não saberia dizer realmente o que acontece, nem o que realmente significa, afinal é algo muito complexo e difícil de entender, talvez as pessoas tornem isso assim. O fato de amar alguém não quer dizer que você vai ser amado também, mas e quando se ama e existe uma resposta igual por que não deixar esse amor fluir da melhor maneira possível?
Medo?Orgulho?Ou simplismente falta de confiança em você mesmo, por não saber se é realmente capaz de amar igualmente uma pessoa?
Cada história é uma história, cada caso é diferente um do outro, assim como uns dão certo, outros não, devemos aprender a conviver com isso, de forma pacífica e social, sem que haja atritos desnecessários, afinal, a vida contínua e todo caminho que seguimos, nos leva à uma nova fase, que repleta de surpresas, torna da vida um enorme desafio.
Por muitas vezes, procuramos em uma só pessoa a felicidade e acabamos esquecendo que podemos encontrar isso nas nossas amizades, na nossa família, no nosso emprego, sem nos tornarmos dependentes de uma única pessoa para nos sentirmos bem. Sei que quando amamos de verdade alguém, queremos sempre estar junto, amar alguém especial é sempre muito bom, e faz bem, o problema é quando todo esse amor não é correspondido. Aprendi que devemos sim mostrar o que sentimos, expor para a pessoa o carinho especial que temos por ela, mas devemos fazer isso sem nos humilhar, sem exageros, afinal, como saber o que a outra pessoa está pensando ou sentindo?Devemos ter um limite, afinal se a pessoa que está do outro lado sentir algo por você também, ela irá te demonstrar de maneira positiva, sem querer te magoar ou te fazer sofrer. Devemos ter cuidado para não criar falsas expectativas, para não nos decepcionar, isso machuca muito, fica marcado pro resto da vida, mas como exemplo fica a experiência e como diria Bob Marley, “às Vezes construímos sonhos em cima de grandes pessoas... o tempo passa... e descobrimos que grandes mesmo eram os sonhos e as pessoas pequenas demais para torná-los reais”.
A vida nos mostra coisas que só o tempo mesmo pra fazer esquecer, pra fazer mudar, devemos nos dedicar ao amor próprio, porque o amor pelas outras pessoas será apenas conseqüência desse processo essencial para que nós possamos nos sentir bem e felizes.
Confuso, mas sincero, essa é a minha definição de amor.