Tudo em ruínas, de repente desmoronando, se acabando com o passar do tempo, é chuva que alaga, é o sol que evapora toda água, toda magoa que me faz sentir aqui, o calor que faz suar e o frio que faz tremer, noite e dia, tempestades, ventanias, clima inconstante, faz de toda essa vida, só lembranças, só relíquias, pedra solta, preciosa, ainda bruta ou lapidada, terra ainda inexplorada, não se sabe de onde vem, não conhece sua essência, é perfume em horas boas, nas ruins me faz refém, sua personalidade é muito forte, orgulhosa, suga toda minha energia, me enfraquece dia-a-dia, faz meu coração vibrar, pulsação de tristes dores, sempre me faz angustiar, sufocante seu olhar, tão distante, faz lembrar, bons momentos que vivi, quando você esteve aqui mesmo não estando perto sei que ainda vive em mim.
Mas se hoje estou tão só, sei que você também está, sempre a me procurar, na certeza de um amor, que perdido se acabou sem saber toda verdade, doces lábios é saudade forma de sinceridade, posso ler teus pensamentos, só não posso comandá-los, grandes olhos amendoados, atormentados pelo medo de um dia me perder, mas quem sabe outra hora agente possa se encontrar, construir uma nova história, prontos pra recomeçar, mas sem as mascaras dessa vez, rosto limpo, face à mostra, pra que eu possa enxergar, toda sensibilidade, movimentos de ternura, que em você possa encontrar.
Caí à noite na cidade, todas as luzes estão acessas, pra clarear escuridão, sombrios toques de emoção, agitada e a razão já não é o meu caminho, sigo sem olhar para trás, sigo só o meu destino, em meio à destruição do lugar onde vivi cenas de um filme inacabado, com personagens despreparados, mas que fazem da minha vida uma história sem fim.
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