sábado, 24 de setembro de 2011

O Viajante - Parte II



A cada amanhecer, a cada noite não dormida, me envolvo de maneira intensa e me perco em meio a tanto medo de não conseguir chegar, pois busco um destino que durante toda minha vida idealizei ser o melhor para mim. Mas de nada importa se tudo que planejei já não acontece assim tão facilmente, não como deveria, não como imaginei, então deixo fluir aquilo que me permite sonhar. Momentos que acabam fazendo algum sentido só depois daquilo que penso se tornar puramente sentimentos escrevinhados em um canto qualquer de um papel já todo rabiscado, cheio de erros.

Penso na sensibilidade de como minhas palavras irão soar aos seus ouvidos, pois a verdade é que nada sei e as conseqüências de uma vida perturbada, cheia de indecisões e surpresas, poderão ser fatais, quando não se consegue mais pensar.
Talvez eu já não seja o mesmo e todo aquele encanto tenha se perdido, talvez eu já não saiba escrever tão belamente e as vidas que acabam por se cruzar involuntariamente não notam a presença uma da outra nem que por ali um dia passei.
Nessa noite, nem o luar é capaz de me distrair, se a solidão é minha companhia, que seja sentinela nas horas difíceis e me ajude a continuar minha caminhada, por entre os arbustos que de longe avisto e logo será meu local de pensar, lindo bosque que se desenha com o meu aproximar. Caminho em passos pequenos, pois não tenho pressa, sigo pela estrada que quando chove exala o cheirinho de terra molhada, exclusividade do interior.
Posso ver montanhas e cidades inteiras, casa grande, casa pequena, prédios inacabados, posso ver desertos e o mar, as florestas e um pequeno vilarejo onde a fumaça da chaminé daquele velho casebre solitário desenha pelo céu um novo caminho a se seguir. Transfiro minha vontade de voar mesmo sem sair do lugar e vou cada vez mais alto, vivendo essa viajem do pensar, do imaginar e do criar sem realmente lembrar que uma hora eu precisarei acordar e com certeza quando isso acontecer eu já estarei em um outro lugar totalmente diferente, fazendo ressurgir as minhas lembranças através daquilo que irei escrever mesmo que em linhas tortas, serão sinceros pensamentos de um aprendiz de escritor.

O Viajante - Parte I



Observo atentamente todo movimento, o sistema, sua vida, tudo como deve ser. O chuvisco da garoa escorrendo pelo vidro torna ainda mais difícil a minha reflexão, mas insisto, permaneço ali sentado, contemplando o gotejar, que agora é cortina, proteção do meu olhar insistente, curioso e que me faz sonhar.
De repente me pego a pensar, ao embalo da sinfonia dos grilos que lá fora fazem a melodia quebrando o silêncio da noite, é trilha sonora para que eu sem me preocupar comece a despejar as idéias que fluem naturalmente, algo que acontece sem mesmo se perceber. Aquilo que até então só existia em minha mente começa a tomar forma graças à ponta do lápis cinzento que suavemente vai deslizando sobre o papel.
Na construção de uma nova forma de pensar, me reinvento, escrevo minha própria história, exponho meus sentimentos, não só de alegrias, também não só de tristezas, aquilo que eu realmente sou em sintonia com aquilo que fui um dia.
Tantas vozes sussurrando ao meu ouvido, dizendo exatamente qual o verdadeiro caminho, inspiração para que possa continuar caindo a chuva, tempestade de palavras que me transporta para ainda mais distante de onde estou, mas ao mesmo tempo me aproxima da realidade que o vento insiste em afastar daqui.
Escrevo tudo que sinto, tudo que vejo, aquilo que ouço e aquilo que imagino, tão natural como a nascente de um rio, onde é fonte de água limpa, cristalina, intocável, verte todo tipo de pensar, verte toda forma de poder.
Sinto-me livre, viajo, vou onde quero, mergulho em um mundo totalmente diferente e inexplorado, invisível, mas que ao transcorrer dos rabiscos torno nítido para que todos possam ver aquilo que só meu inconsciente permite mostrar e que por durante muito tempo esteve guardado dentro de mim.  

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Eu Sempre Estive Aqui



Cansado de correr, sempre tentando atender as suas necessidades, assustado por não saber o que fazer, procurando o caminho mais próximo da verdade, que escondida sempre teima em não aparecer assim tão fácil, exigindo de mim sempre um esforço maior para compreendê-la de forma aceitável às minhas exigências e capacitação de raciocínio, o que me faz pensar logo em algo que já não possuo.
Meus pensamentos agora se prendem a tudo que está no passado, cenas que ficaram gravadas na memória e que com certeza jamais serão apagadas, histórias, momentos, fatos inusitados, dias especiais que agente leva para sempre, onde quer que agente esteja, onde quer que agente vá.
O vento se encarrega de trazer consigo aquele aroma doce e suave, o brilhar dos seus olhos ainda reflete nos meus, mas sabe o jeito, experiência única, de uma vida que não voltará, jamais. Então aprendemos que precisamos dizer adeus, nos despedir daquilo que nos faz bem. Seguimos novos rumos, caminhamos em uma outra direção, totalmente oposta daquela que desejamos, mas que com certeza, nos levará a algum lugar ainda desconhecido, repleto de desafios, tristezas, alegrias, certezas e incertezas, aprendizado mais que perfeito.
A vida não nos reserva a felicidade pronta, mas nos mostra a direção certa de como podemos fazer para se chegar lá. Nos distanciamos de tudo, daquelas pessoas queridas, das alegrias da vida, pessoas especiais e pensamos talvez o destino esteja sendo cruel ou talvez ele esteja sendo muito sábio, pois são nas dificuldades que amadurecemos de verdade.
Assumimos responsabilidades, mudamos, crescemos, caminhamos rumo ao amadurecimento pessoal. A saudade que sentimos é imensa, só quem sente sabe, mas o que seria dessa vida, louca e desregrada, que insiste em nos pregar peças todos os dias, se não houvesse um pouco de emoção?
Em nossa mente, somos roteiristas, onde escrevemos nossa própria história. No palco da vida, somos verdadeiros artistas, vivemos de forma intensa, procuramos sempre o mesmo ponto de chegada, onde só a felicidade nos interessa.
Contemplando as flores, que fazem parte disso tudo, vejo em cada esquina um pouco daquilo que um dia fui, meu sorriso trás de volta o poder e a complexidade que é viver fora do teu presente, mas me revigora sabendo que posso assim como no passado fazer parte do teu futuro, porque eu sempre estive aqui.

domingo, 18 de setembro de 2011

A Verdadeira Tradição




Orgulha-te gaúcho, encilha teu cavalo e monta, cavalga pelo campo afora, depois de uma manhã fria ao lado do fogão, despejando tuas lembranças ao sabor do mate amargo.
Galopa pelos pampas, agora aquecido pelo poncho, e quando o sol chegar, a aba do chapéu se encarregará de trazer a sombra ao teu rosto, para que possa olhar o horizonte verde e contemplar as paisagens que só o sul do Brasil pode oferecer. Vai deixando para trás a fumaça que sai pela chaminé, do velho casebre, ao lado do galpão, doce querência, lugar de fandango do gauchão.
Céu azul, eu não me engano, dia lindo como só, faz parte deste pago e o vento minuano que assopra, soando aos seus ouvidos o tocar da viola, que é companhia nas horas tristes, nas horas boas, em toda hora. Volta para tua estância e em meio ao fogo de chão prepara o teu churrasco, na presença do cusco amigo, sempre atento no rebanho, verdadeiro sentinela, segue tua caminhada, sempre honrando a tradição.

Dias Cinzas


Mesmo sem ar, eu ainda continuo aqui, sinto o frio se aproximando, é outono, mas sei que o inverno logo chegará. A brisa das manhãs dessa estação tão sufocante, tocando meu rosto, sem pedir permissão, fazendo com que eu procure um abrigo onde possa me manter aquecido, longe do embranquecer da geada que insiste em se fazer presente, assim como o vento frio que assobia lá fora e só pensa em ir embora quando eu já não me importar mais.
Mas eu continuarei aqui, aguardo pelo sol, aquele que rapidamente, vai perdendo suas forças entre as nuvens carregadas que daqui se aproximam, fazendo eu me contentar com o calor do fogo e sem saber exatamente o que fazer, timidamente, coloco lenha no fogão e assisto pela janela o gotejar de água da chuva, que escorre pelas folhas das árvores e cai fazendo barulho quando entra em contato com a poça já formada ali no chão. Nesse entardecer tão triste e sem graça, assim como foi meu dia, assim como foi minha vida. Dias cinzas e intermináveis, entediantes e ao mesmo tempo desafiadores. 
Mas eu gosto quando chove, afinal, me faz rememorar muitas coisas boas e ruins, aquilo que no fim de tudo, faz parte do que eu me tornei.



sábado, 17 de setembro de 2011

O Vôo da Coruja




     Bate as asas e voa, silenciosa e tímida, faz da tua vida uma verdadeira forma de solidão, você não quer, nunca é bom ficar sozinha, mas é necessário, precisa voar para longe, para bem distante, onde se sinta feliz.
     Encare o mundo lá do alto, visualize bem tudo o que estiver ao seu redor, não tenha medo da escuridão, pois ela também pode lhe trazer paz.
     Tente encontrar o caminho certo, faça da sua vida um mistério a ser desvendado, desconfie de tudo, seja o olho que tudo vê e os ouvidos que tudo escuta, capaz de captar qualquer tipo de sonoridade a quilômetros de distância, para que assim nada passe despercebido e tudo tenha um sentido único na sua vida.
     Não precisa ser perfeita se o bom mesmo de tudo isso é ser diferente, basta querer ser  você mesma. Torne-se um símbolo da sabedoria, crepuscular e noturna, na sua tranquilidade inquieta, que faz do seu olhar, lindas luzes refletidas ao brilho do luar.
     Bate as asas e voa, alcance o ponto mais alto, sinta a liberdade, desafie o vento tentando te empurrar ao sentido contrário do seu destino, você é mais forte, sabe se defender, conhece os atalhos e sabe precisamente o que precisa fazer para continuar vivendo entre as estrelas, mas se precisar parar. pouse, descanse, a viajem é mesmo cansativa e nada fácil,  busque o equilíbrio dentro de você, se conecte com seu inconsciente e faça do teu presente uma eterna fonte de conhecimentos e prazeres, que discretamente vão sendo descobertos através da noite que insiste chegar ao fim.

Confuso, mas sincero...




     Passos largos, caminho agora na direção do mar, em linha reta, sem olhar para os lados, sem olhar para trás.
     Não me preocupo com o que poderá acontecer, nem me importo com o que você poderá pensar, afinal somos tão diferentes um do outro.
     Procuro o horizonte, um lugar tranqüilo, onde eu possa encontrar a felicidade,  que suave como o vento, sei que vai tirar você aos poucos do meu pensamento.
     Quanto aquelas suas promessas falsas, saiba que, não me enganam mais, deletei, afastei de mim, deixei a nossa história, deixei a nossa vida e fui viver a minha. 
     Mas se meu silêncio ainda faz você sofrer, tenha certeza que será melhor assim, afinal eu já não quero viver dessa forma triste e sem graça, onde a lágrima que escorre pelo meu rosto lembra a procura incansável que fiz em busca de uma razão para ainda acreditar em nós.
     A brisa que toca o meu rosto, jamais se transformará em tempestade, estou aprendendo a viver sem você...

domingo, 11 de setembro de 2011

O Começo de Um Fim


Uma data marcante para os americanos e para todas as nações do mundo. É estabelecido um clima de preocupação e visível medo nos EUA. A hipótese de acontecer qualquer outro tipo de ataque terrorista semelhante aquele de 11 de setembro de 2001 é real, e as forças armadas auxiliados pelos seus governantes se posicionam para manter a tranqüilidade por lá. Mesmo se passando uma década após o maior ataque terrorista da história que atingiu a maior potencia econômica mundial, todo cuidado é pouco, pois vivemos em um mundo de guerras, onde as disputas por interesses são predominantes.
No Brasil, vivemos uma guerra interna, onde todos nós somos culpados, onde a cúpula corruptiva do governo com o auxílio da mídia, tentam desviar as atenções para outros assuntos peculiares, diferentes da realidade que aqui enfrentamos. Não digo que não devemos nos preocupar com o que acontece pelo mundo, pelo contrário, devemos nos manter informados sim sobre todo e qualquer fato ocorrido, mas durante todos os anos nesse mesmo período, são feitas campanhas, propagandas e programas com o mesmo propósito, a de tentar desfocar as inquietações da sociedade, e aquilo que gera transtornos e “desconfortos” para quem está no poder. Talvez eu esteja sendo um pouco indelicado com as palavras aqui usadas, muitas pessoas me interpretarão mal, tendo como base que este é um espaço de livre manifesto, deixo aqui a minha opinião e espero comentários críticos, mas para que ficar remoendo mortes de 10 anos atrás? Por que não pensar em como evitar mais mortes a partir de agora?
O Rio de Janeiro, uso está cidade como exemplo, porque é onde a situação ao dialeto popular “está embaçada”, enfrenta todos os dias a marginalidade, traficantes que colocam em risco a vida de pessoas inocentes e geram uma legitima situação de guerra pelas ruas da “Cidade Maravilhosa”. Realidade igualmente vivida em todo o país, só que em proporções diferentes. Seres humanos incapazes de viverem em paz, com a tranqüilidade que todos temos direito.
A ocupação nos morros por parte dos Representantes da Força de Pacificação está acontecendo, muito tarde e todos nós sabemos que é jogada política, estamos muito longe de acabar ou amenizar as dores das pessoas que perdem familiares e amigos vítimas da violência urbana. O trafico comanda, infelizmente é a realidade que temos no Brasil, e porque não tratar desses assuntos? Por que não agir de forma preventiva e realmente trabalhar em prol da população, e não por interesses políticos e financeiros?Por que não encarar e defender as verdadeiras necessidades da sociedade?
Pois bem, é necessário haver mais comprometimento da sociedade para cobrar de seus parlamentares o que realmente defendemos ser correto, e por parte dos nossos governantes em realizar um trabalho sério, voltado às deficiências que possuímos, e não a uma série de homenagens às pessoas mortas naquela terrível tragédia que como disse anteriormente com o auxílio da mídia, foge totalmente da situação vivida aqui, e acaba mudando o rumo das atenções, de forma confortável para eles.
O que devemos ter como exemplo, é que depois desse episódio triste e marcante para os EUA, o seu governo de forma sábia, combateu de frente aquilo que era uma ameaça para a segurança da população, não me refiro às invasões de países, mas sim as formas preventivas e medidas tomadas em relação ao que aconteceu. Resultado disso tudo, foi que se passaram 10 anos após esse caso, e não há se quer outro registro de terrorismo naquele país. Já no Brasil, a criminalidade, que ao meu ponto de vista é um tipo de terrorismo, acontece e se perpetua durante décadas e nada é feito para combater esse mal. O começo de um fim está se aproximando, e ainda temos chance de reverter a situação se agirmos com eficaz objetividade.


Mais um blá blá blá de amor


      Ah o amor, tão lindo e ao mesmo tempo, tão terrível. Lindo pelo fato de nos fazer acreditar que ser feliz através da felicidade de outra pessoa é possível e terrível porque nem sempre a pessoa que tentamos fazer feliz, possui o mesmo pensamento que temos em relação ao amor.
      O simples fato de amar alguém verdadeiramente, nos confunde muito os pensamentos, nos deixa inquieto, tentando entender e decifrar o que se passa na cabeça da pessoa amada. Mas o que seria da vida se tudo fosse tão fácil, sem barreiras, sem brigas, sem uma conquista?
   Pergunto-me, sempre, mas que amor é esse que, ao mesmo tempo que torna a vida angustiante também torna emocionante. Tranquilizo-me, pois ao final de tudo, as coisas se ajeitam, talvez não como gostaríamos, mas sim, como deveria ser e aprendo assim, que por mais foda que tenha sido a caminhada, quando penso em você meu mundo fica muito mais feliz e eu me sinto bem.

Confuso mas sincero.

sábado, 10 de setembro de 2011

Leitura - Mais que uma cultura, uma revolução!



Um hábito construtivista, mas impraticável pela sociedade, as pessoas não sentem a necessidade de ler, ou pelo menos, ainda não perceberam o quanto é importante a presença da leitura em nossas vidas. Além de instigar nossa imaginação, o que é essencial enquanto criança, a leitura também nos oferece um mundo muito rico de vocábulos, onde não existem barreiras para o conhecimento. Cada dia que passa, vejo mais a necessidade de estimular nossas crianças e jovens ao habito de ler, afinal, toda sabedoria que nossos autores transmitem através de um livro, é fundamental para que possamos exercitar nossa fala (repertório de palavras e significados), capacitação de compreender o mundo e mais do que isso, nos desenvolver cognitivamente. Mas é importante lembrar que, para haver rendimento positivo na leitura é de extrema necessidade, realizar uma leitura interpretativa e não apenas ocular, pela qual apenas passamos os olhos sobre as palavras, mas ao fim de cada frase não entendemos nada.
A atividade de leitura não corresponde a uma simples decodificação de símbolos, mas significa, de fato, interpretar e compreender o que se lê.
Na escola, temos o hábito de ler, mas não fazemos uma leitura de qualidade, grande maioria dos alunos, decoram apenas aquilo que estão estudando, e logo esquecem, um aprendizado superficial, inadequado para a vida, afinal com o passar dos anos descobrimos o quanto importante e o quanto é preciso, possuir o ato de ler. Podemos começar com leituras pequenas como um artigo, por exemplo, jornais ou revistas, conteúdos não tão complexos, mas que nos estimulam logo mais a nos interessar pela leitura dos livros, que possuem uma bagagem muito mais densa e repleta de curiosidades e conhecimentos.

Costumo dizer para quem não tem a cultura ou simplesmente o hábito de ler, que não reclame do mundo, não sem ter a devida compreensão de como ele gira. Precisamos deixar de sermos leigos a certos assuntos, devemos procurar nos inteirar sobre os acontecimentos e conhecimentos específicos, para que possamos compreender melhor o mundo e a partir disso, começar uma nova concepção de vida, de modo construtivista e revolucionaria.

Afinal, o que é o amor?



Eu te amo, tão fácil de dizer, mas muito difícil de entender. Talvez se esperássemos menos das pessoas e criássemos menos expectativas em cima delas, nós nos decepcionaríamos menos também. Mas às vezes, quando gostamos muito de alguém, esquecemos que são humanos, e insistimos em pensar que são perfeitos.
Existem pessoas que fazem coisas inacreditáveis para estar junto da pessoa que ama, movem céus e terra, enquanto outras não valorizam o sentimento recebido e ignoram completamente, às vezes por capricho, ou simplismente vontade de ver a outra pessoa sofrer, mas confesso que isso eu ainda não entendo. Feliz daquele casal que encontrou um no outro a felicidade de viver à dois, de serem correspondidos pelo sentimento mais lindo e sincero que existe e assim se tornam uma só vida. Mas afinal o que é amor? Onde esse sentimento pode nos levar?
Não saberia dizer realmente o que acontece, nem o que realmente significa, afinal é algo muito complexo e difícil de entender, talvez as pessoas tornem isso assim. O fato de amar alguém não quer dizer que você vai ser amado também, mas e quando se ama e existe uma resposta igual por que não deixar esse amor fluir da melhor maneira possível?
Medo?Orgulho?Ou simplismente falta de confiança em você mesmo, por não saber se é realmente capaz de amar igualmente uma pessoa?
Cada história é uma história, cada caso é diferente um do outro, assim como uns dão certo, outros não, devemos aprender a conviver com isso, de forma pacífica e social, sem que haja atritos desnecessários, afinal, a vida contínua e todo caminho que seguimos, nos leva à uma nova fase, que repleta de surpresas, torna da vida um enorme desafio.
Por muitas vezes, procuramos em uma só pessoa a felicidade e acabamos esquecendo que podemos encontrar isso nas nossas amizades, na nossa família, no nosso emprego, sem nos tornarmos dependentes de uma única pessoa para nos sentirmos bem. Sei que quando amamos de verdade alguém, queremos sempre estar junto, amar alguém especial é sempre muito bom, e faz bem, o problema é quando todo esse amor não é correspondido. Aprendi que devemos sim mostrar o que sentimos, expor para a pessoa o carinho especial que temos por ela, mas devemos fazer isso sem nos humilhar, sem exageros, afinal, como saber o que a outra pessoa está pensando ou sentindo?Devemos ter um limite, afinal se a pessoa que está do outro lado sentir algo por você também, ela irá te demonstrar de maneira positiva, sem querer te magoar ou te fazer sofrer. Devemos ter cuidado para não criar falsas expectativas, para não nos decepcionar, isso machuca muito, fica marcado pro resto da vida, mas como exemplo fica a experiência e como diria Bob Marley, “às Vezes construímos sonhos em cima de grandes pessoas... o tempo passa... e descobrimos que grandes mesmo eram os sonhos e as pessoas pequenas demais para torná-los reais”.
A vida nos mostra coisas que só o tempo mesmo pra fazer esquecer, pra fazer mudar, devemos nos dedicar ao amor próprio, porque o amor pelas outras pessoas será apenas conseqüência desse processo essencial para que nós possamos nos sentir bem e felizes.
Confuso, mas sincero, essa é a minha definição de amor.