sábado, 24 de dezembro de 2011

Confie em si mesmo!



Ele era um cara normal, assim se dizia. Calmo, não se preocupava com o que poderia acontecer, apenas deixava fluir, vivia sua vida de uma maneira tão espontânea e natural. Mas um dia tudo o que poderia ser diferente aconteceu, e sua história teve um outro destino, o pior aos olhos de quem o via de longe, mas para ele foi a melhor oportunidade de crescer espiritualmente, rumo ao amadurecimento certo de sua mente. Aos 24 anos, solteiro, em plena vida acadêmica, Flávio sabia que seu futuro era incerto, mas como dizia anteriormente, deixava tudo acontecer na medida do possível e nada era capaz de afeta-lo negativamente, pois seu equilíbrio interior era exato e encorajador ao desconhecido. Um certo dia, ele resolveu mudar e dar sentido as coisas que aconteciam com ele, viveu intensamente cada segundo, amou sem ser amado, procurou a felicidade em outros corpos e acabou esquecendo de ser quem ele sempre foi. Festas, bebedeiras, momentos depressivos, sozinho em casa, angustiando o tédio, alimentando o medo, perpetuando aquilo que lhe fazia mal. O tempo foi passando e aqueles amigos que antes durante as noites de baladas estavam com ele, sumiram, sem deixar algum sinal de eu estou aqui com você. Abandonado e sozinho assim ele se achou, já estava conformado com o fato de se acostumar com pessoas que só o procuravam quando se sentiam só, ou simplismente e descaradamente por algum tipo de interesse único.
O fato é que Flávio começou a notar essas falsas amizades e voltou a valorizar de verdade aqueles que sempre estiveram ao seu lado, mas que um momento de cegueira foi capaz de fazer com que tudo isso caísse no esquecimento.
De volta ao seu mundo, Flávio aprendeu que por mais feliz que se possa ser com outra pessoa, a verdadeira felicidade nós só encontramos quando aprendemos a ter amor próprio e amigos de verdade não nos procuram apenas quando precisamos, eles estão sempre ao nosso lado.
Não viva procurando o que você já possui. 
A vida nos ensina a viver, às vezes o caminho pode ser dolorido demais, mas necessário para que possamos aprender a maneira certa de não provocar as mesmas dores nas pessoas que amamos.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Flashes que nos cegam...



Transição de pensamentos faz o pesar de minhas ideias flutuar em pleno sonho, captando varias imagens, envolvendo várias cores, relembrando minha história.
Um sorriso em cada rosto para esconder cada desgosto, flashes que me cegam, capturando sempre minha forma de ilusão permanente daquilo tudo que eu quero que apareça, enganando e disfarçando sempre quando me condiz. Verdadeiro eu, proporcionando-me viver em poses ensaiadas de uma vida nunca vivida.
Sinto falta da verdade, ser sincero já não existe, você pode até jurar, mas difícil mesmo é fazer acreditar, pois cada passo sem mentiras é impossível após enxurrada de tortura, falsa ideologia imposta pelo teu sentimento diante da ilusão que é viver sem catalogar prioridades, sem possuir expectativas.
Tudo isso é agregado com minha falta de coragem, abandono do real sobre a aba do sistema, transbordando sensações, fatiada vida, isolada do prazer da história do meu viver, o orgulho nos corrói. 
Guardo na memória, cenas de nós dois, aquele beijo, é bem do jeito que eu sempre sonhei, sonetos de amor, loucuras, fervuras, me faz delirar.
Sonhar é ainda possível, viajar no tempo certo, correr perigos, arriscar tudo, sem falas, sem olhares, apenas o que deveria acontecer, nós dois retratando a felicidade que nunca existiu.

Sozinho no escuro...



Os ventos sopram, as velas se apagam, tudo parece agora mais fácil, não tenho medo do escuro, pois sei que estarei seguro quando o sol nascer.
Toda positividade transparente de poder, revela em meus desencantos o formato exato do meu pensamento crú, refinando o olhar horizontal, fixando um ideal a partir de um recomeço de esperança moduladora de expectativas conservadas em minha memória.
Fácil seria se tudo acontecesse naturalmente, se todos os teus sonhos se tornassem realidade, se todas as promessas fossem cumpridas, se tudo fosse o que pensássemos que fosse, sem enganos.
Os dias se arrastam, é mais um fim de ano e tudo o que você passou começa a fazer algum sentido. Tantas alegrias e inúmeras decepções.
Os fatos nos corroem e você por algum motivo vive momentos de extremo estresse, esquece de ser o que você sempre foi, perde a identidade e se torna um alguém irreconhecido perante aos conhecidos.
Uma dose de realidade por favor!
Choques de indecência, radicalidades, sustentações irreais do imperfeito, falta de coragem.
Tento escapar do sombrio que me atormenta, relembro, revivo, aprendo conforme os erros insanos e insistentes da minha vida.
Ostentações óbvias de algo inexistente refletido em uma profunda solidão.
Fecho a porta do quarto, fico trancado dia e noite, tento esquecer, penso como nunca pensei, aprendo por tentar demais e acabo caindo em uma detenção inesperada, surpresa, atitude, realidade e por mais que sinta-me bem eu ainda estou só.